INADIMPLÊNCIA EDUCACIONAL – PERSPECTIVAS PARA 2015

2014 foi um ano em que andamos de lado…  Não crescemos, não diminuímos.  Porém, os custos aumentaram,  principalmente a mão de obra que teve reajustes acima da inflação, que por sua vez está alta para os padrões atuais.

Neste sentido, alertamos que a inflação no ano que vem também será alta, corroendo ainda mais o nosso poder de compra ou reduzindo ainda mais as nossas margens de lucro, ou pior ainda, aumentando ainda mais o déficit em nosso fluxo de caixa.

Com base nisto, entendemos que a taxa de juros Selic  vai subir no ano que vem e que o desemprego também vai aumentar, deixando de lado a expressão de pleno emprego que tanto foi mencionada ao longo deste ano pelo governo brasileiro.

Com o desemprego em alta, entendemos que a principal causa da inadimplência deixará  de ser o endividamento, como vinha ocorrendo nos últimos anos, o que sem dúvida alguma ocorreu em função do aumento da renda e da oferta de crédito. O endividamento foi em disparado a principal causa da inadimplência dos últimos anos.

Mas, como mencionamos acima, o desemprego deve aumentar em função do baixo crescimento e junto com ele a inadimplência também deve aumentar um pouco, o que não é bom pra ninguém. Assim,  fica claro  que este aumento da inadimplência ocorrerá  em função do aumento do desemprego, passando o este a ser, novamente, a principal causa da inadimplência em 2015, deixando pra trás o endividamento como causa principal.

A volta do desemprego sugere que o país está novamente em recessão, coisa que não víamos há muito tempo, pelo menos uns 10 anos, contudo é uma recessão muito mais leve do que a que vimos no passado, quando o desemprego era de 20 % e não de 5% , ou que a taxa de juros era de 45% e não de 11% como nos dias atuais.

Desta forma, com base no acima exposto, acreditamos que 2015 será um ano um pouco mais difícil do  que foi 2014, com baixos  índices de crescimento e com aumento  do desemprego, da inflação e da taxa de juros. Tudo isso permanecerá  enquanto o governo não conseguir diminuir os seus gastos e enquanto o Brasil não voltar a crescer.  Basicamente, o Brasil precisa gastar menos e ganhar mais para podermos voltar a investir o que, sem dúvida alguma diminuiria  o desemprego, a inflação e. sobretudo  a taxa de juros. Precisamos voltar a crescer pelo menos 3% a/a. Caso contrário, as coisas não vão melhorar.

Com base nesta convicção, sugerimos que as instituições cortem o que for possível dos seus gastos, evitando um fluxo de caixa negativo. Além disso, recomendamos enfaticamente o ajuizamento dos débitos não recebidos em 2014, pois esta ferramenta de cobrança tem gerado resultados interessantíssimos com bloqueios de poupanças gordas a ordem de 50 mil reais.

Como é do conhecimento de todos, o modelo de cobrança da Camargo Rodrigues defende a tese da cobrança de 4 fases, sendo : 1- contratos devidamente assinados e com cadastro completo do cliente ; 2- cobrança interna até 30 dias após o vencimento, podendo chegar a 90 dias após o vencimento; 3 cobrança externa feita por empresa especializada até o fim do período de rematrícula ; 4 – cobrança judicial por escritório especializado dos débitos acima de 3 mil reais.

Realizando todas as etapas de cobrança, podemos garantir que a instituição de ensino terá uma recuperação bastante satisfatória, chegando a 100% de sucesso, sobretudo  se todo o processo for feito rapidamente sem dar  tempo para o devedor se organizar para não cumprir com seus deveres, como transferir recursos para conta de um parente, ou mudar de endereço, ou mesmo vender bens penhoráveis.

Finalmente, cremos que 2015 será um ano relativamente difícil pelo fato de a economia brasileira estar em um momento crítico, sendo importantíssimo as instituições agirem rapidamente no sentido de colocar em prática uma política de cobrança que comtemple a cobrança extrajudicial e a cobrança judicial a fim de conseguir minorar os efeitos nefastos que a inadimplência poderá causar em suas finanças no próximo ano.

LUIS FERNANDO RODRIGUES
CAMRGO RODRIGUES

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